terça-feira, 30 de novembro de 2010

O Silêncio e a Música



O som e a sua vibração permitem-nos ver através da imaginação um universo de referencias que complementam todos os sentidos. Ele é para a música o que a luz será para a pintura e para a fotografia, e é no cinema onde surge a conjugação mais completa de som e luz, num apelo a quase todos os sentidos.

Foi Nietzsche quem disse que sem a música a vida não faria sentido.
Ouvir música é ouvir um som interior próprio, que nos vibra na alma. É também sentir o percutir do ritmo da terra, o silvar do vento, o sino que marca a hora na distancia, o chilrear dos pássaros, a trovoada de Verão, o acorde da orquestra e o suave chorar de uma criança, até as mais insuportáveis frequências de uma maquina industrial. Mas é, acima de tudo, a capacidade de sentir uma vibração interior.

Beethoven terá sido quem mais ouviu a música de uma forma interior.
Privado ainda jovem daquela que era a sua mais valiosa faculdade, exteriorizou através da partitura todo esse enorme som e vibração que levava na alma, de uma forma genial e comovedora. Foi a breve experiência de sons ouvidos e retidos na memoria que permitiu a Beethoven imaginar novos sons e criar um universo musical sem precedente, e tantas vezes tão incompreendido.

De alguma forma todos nós ouvimos uma música interior que nos põe em harmonia com o que nos rodeia. Cada um ouve e sente a sua própria música e cada um ouve também o silencio. É o silencio na música que suspende e prolonga o tempo da emoção. Sem o silencio a separá-las, as quatro primeiras notas da quinta sinfonia não teriam o mesmo significado.

Dizem-me os que "não" ouvem quem sentem essa vibração interior e física das graves frequências e que, para eles, também essa é "a sua música".

Há coisas que só podemos perceber na ausência das mesmas... Sem silencio, também não haveria música. E a música existe em cada um de nós.

Texto de Laurent Filipe, Músico
Retirado do livro "Um Minuto de Silêncio"

publicado por FidbeK

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Momento da escolha

 O presente não é um passado em potencial. 
ë o momento da escolha e da ação. 

(Simone de Beauvoir)

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Doçura

A Beleza agrada apenas aos olhos, pois é a doçura das ações que encanta a Alma.
Doçura
é a maestria dos sentidos, olhos que vêem o fundo das coisas...Ouvidos
que escutam o coração das coisas...Boca que fala a essência das
coisas...Doçura é o resultado de uma longa jornada interior ao âmago da
vida.O que é realmente doce nunca pode ser vítima do tempo...Porque doçura é
a qualidade da pessoa cuja vida tocou a eternidade!
 



Brahma Kumaris
Conhecer pessoas de
alma doce... é que torna a vida mais interessante.

domingo, 14 de novembro de 2010

Palavras

Falo sem palavras.
O que posso dizer?
Deixei a minha voz fora do sama.

Sinta-se, dance, giro,
Amor, Breathe,
Be ....

Eu vejo o meu bem-aventurança, a partir do exterior.
Esse órgão, que detém, o meu eu,

Como a pele de um tambor
Mantém som, reverbera.

Spinning nos braços
De uma presença,
Saudade, saudade
Para som e da respiração
E dança para ser um.

Desejando, para que não haja eu
Nenhuma palavra.

Apenas o silêncio do Universo
Girando, girando,

Em movimento caleidoscópico lento,
Como o sol e as estrelas,
Na dança do amor

Sufi

Jalaluddin Rumi

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Tantra - Seu corpo, meu mundo


Uma visão mística, cósmica e sagrada do mundo, da vida e do sexo. Por uma nova consciência e um novo mundo, que a cada dia se tornam mais e mais essenciais, para todos nós enquanto indivíduos e espécie!!!

Amor é a disponibilidade de viver o processo formativo e ajudar os outros a viver o deles. É essa disponibilidade de agir com interesse, compartilhar, prover satisfação e estar conectado. É se mover e compartilhar dos processos da vida. É o dar a nossa abundância bioquímica, para expandir e respirar novas possibilidades.

Em certos casos, pode envolver negar a nós mesmos, nos retrair e não compartilhar, mas permitir que os outros expressem a si mesmos.

O amor, à medida que floresce e viceja, compartilha sementes com outras vidas, como parte do grande continuum da existência.

Stanley Keleman 


Apresentação do livro "Poemas Místico-Filosóficos" de Marcel Cervantes.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

A doce dança do tempo..


Segure minha mão com firmeza,
mas com carinho.

Olhe nos meus olhos bem fundo
enquanto eu te olho
no fundo dos seus olhos.

Enxergue minha alma
enquanto traduzo seus sonhos
e deixe que a gente flutue
bem juntos em uma só energia.

Vamos dançar juntos
como se voássemos
em uma nuvem exclusiva toda nossa.

E enquanto dançamos,
eu te beijo
e você me beija
e a essa altura
já não sou eu, nem você
Somos nós dois, em um apenas.

Dois seres, dois corpos,
um sentimento,
uma dança,
uma alma única.



(Carlos Drummond de Andrade)

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Maktub - Marcus Viana

Já estava escrito
No tempo e no espaço
Que a minha alma e tua
Uma luz seriam

Já estava escrito
Pelos milênios
Que no sagrado fogo da paixão
Nos consumiríamos

Sol do deserto
Queimando a areia
Tua presença é água
Que preserva a vida

Pomba selvagem
No azul da alma
Teu amor é luz
Que ilumina e cega

Já estava escrito
E Allah o sabe
Que a serpente mágica do amor
Nos faria deuses

Está escrito
Antes dos tempos
Que a vida vale apenas
Quando o amor nos toca

Marcus Viana