segunda-feira, 23 de maio de 2011
Sobre o amor - Gibran Kahlil Gibran
Sobre o amor
Quando o amor o chamar, siga-o,
Embora seus caminhos sejam agrestes e escarpados;
E quando ele vos envolver com suas asas, cedei-lhe,
Embora a espada oculta na sua plumagem possa ferir-vos;
E quando ele vos falar, acreditai nele,
Embora sua voz possa despedaçar vossos sonhos
Como o vento devasta o jardim.
Pois, da mesma forma que o amor vos coroa,
Assim ele vos crucifica,
E da mesma forma que ele contribui para o vosso crescimento
Trabalha para vossa poda.
E da mesma forma que alcança vossa altura
E acaricia vossos ramos mais tenros que se embalam ao sol,
Assim também desce até vossas raízes
E as sacode no seu apego à terra.
Como feixes de trigo, ele vos aperta junto ao coração.
Ele vos debulha para expor vossa nudez.
Ele vos penetra para libertar-vos das palhas.
Ele vos mói até a extrema brancura.
Ele vos amassa até que vos torneis maleáveis.
Então, ele vos leva ao fogo sagrado
E vos transforma no pão místico do banquete divino.
Todas essas coisas o amor operará em vós
Para que conheçais os segredos de vossos corações
E com esse conhecimento, vos converteis
No pão místico do banquete divino.
Todavia, se no vosso temor,
Procurardes somente a paz no amor, o gozo do amor,
Então seria melhor para vós que cobrísseis vossa nudez
E abandonásseis a ira do amor,
Para entrar num mundo sem estações,
Onde ríreis, mas não todos os vossos risos,
E chorareis, mas não todas as vossas lágrimas.
O amor nada dá senão de si próprio.
O amor não possui, nem se deixa possuir,
Pois o amor basta-se a si mesmo.
Quando um de vós ama, que não diga:
"Deus está no meu coração",
Mas que diga antes:
"Eu estou no coração de Deus".
E não imagineis que possais dirigir o curso do amor,
Pois o amor, se vos achar dignos,
Determinará ele próprio o vosso curso.
O amor não tem outro desejo
Senão o de atingir sua plenitude.
Se, contudo, amardes e precisardes ter desejos,
Sejam estes os vossos desejos:
De vos diluirdes no amor
E serdes como um riacho que canta a sua melodia para a noite;
De conhecerdes a dor de sentir ternura demasiada,
De ficardes ferido pela vossa própria compreensão do amor
De sangrardes de boa vontade com alegria;
De acordardes na aurora com o coração alado
E agradecerdes por um novo dia de amor;
De descansardes ao meio-dia
E meditardes sobre o êxtase do amor;
De voltardes para casa a noite com gratidão;
E de adormecerdes com uma prece no coração para o bem-amado
E nos lábios uma canção de bem-aventurança.
Gibran Kahlil Gibran
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Há um grande silêncio dentro de mim.
ResponderExcluirE esse silêncio tem sido
a fonte de minhas palavras.
E do silêncio tem vindo o que é
mais precioso que tudo: O próprio silêncio.
((Clarice Lispector))
Muita paz e amor no seu dia!! M@ria
Apesar de o amor residir dentro do nosso coração, nunca devemos nos esquecer de que, quando espargimos este sentimento diretamente para alguém, e, e este alguém desaparecer; devemos lembrar que esse alguém perdeu o nosso amor.
ResponderExcluirEntretanto a perda não foi nossa, pois nosso coração continua espalhando esta luz divina, - Uma luz chamada Amor!
Beijos!...
Que lindo amiga querida...
ResponderExcluirEstou com tantas saudades de ti...
Um beijo grande e ótimo dia.
Lili.
Dei de beber às lindas borboletas
ResponderExcluirchá de jasmim, água de cheiro
ficou uma algazarra no jardim
e até os passarinhos
vieram a mim
dei-lhes também um pouco de afeição
grãozinhos dourados
e folhas de alecrim.
Está tudo em paz no meu coração...
£UNA
Bom FDS...Beijos de coração prá coração. M@ria
Saudade
ResponderExcluiré trazer para dentro do peito
o que deveria estar
ao alcance dos olhos.
Lou Witt
Beijos na alma e coração...M@ria